Economia
26/06/2025Cenário econômico exige cautela: Carta de Conjuntura traz análises relevantes para orientar os empresários
Alta da Selic, real valorizado, pressões externas e crescimento do Agro marcam o panorama atual; confira as diretrizes dos especialistas para decisões estratégicas no segundo semestre

Em sua mais recente Carta de Conjuntura (junho de 2025), o Conselho Superior de Economia, Sociologia e Política da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) apresenta uma leitura detalhada das conjunturas econômicas nacional e internacional. O material oferece orientações valiosas para empresários e gestores sobre as tendências e adversidades que se desenham no segundo semestre do ano.
A análise indica que a taxa Selic deve continuar elevada, já que o Banco Central (BC) não deve promover cortes nos juros ao longo de 2025. Isso tende a comprimir as margens dos negócios, exigindo uma postura mais conservadora por parte dos empreendedores. Em contrapartida, o ambiente favorece investimentos no mercado financeiro, como forma de proteger o capital para futuros aportes nas empresas.
Outro destaque da publicação mensal é a valorização do real frente ao dólar, uma tendência que deve se manter até o fim do ano, abrindo oportunidade para rever a exposição cambial dos negócios.
Já no cenário externo, os especialistas da FecomercioSP alertam para fortes incertezas vindas dos Estados Unidos, principalmente diante das políticas econômicas imprevisíveis do governo Trump e dos conflitos envolvendo Israel e Irã, o que pode afetar o Comércio mundial e os preços das commodities.
No plano doméstico, o setor Agropecuário foi responsável pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, com alta de 1,4%. Sem esse resultado, o crescimento seria de apenas 0,2%. A expectativa é de que o segundo trimestre ainda apresente números positivos — mas a tendência para os próximos seis meses é de retração.
Apesar de uma inflação mais controlada, a Selic foi elevada para 15% ao ano (a.a.), a maior taxa em 20 anos, com o BC mantendo uma política de contenção como forma de combater pressões inflacionárias, especialmente no setor de Serviços.
O presidente do conselho, Antonio Lanzana, alerta: “Embora a inflação esteja começando a ficar mais controlada, o Copom preferiu se apegar a uma política forte de contenção nos preços a oferecer uma chance de estes voltarem a subir”.
Leia todos os detalhes na Carta de Conjuntura — Junho 2025 e saiba como adaptar a estratégia da sua empresa aos novos ventos da economia.