Atualmente, a primeira reação do consumidor ao pensar em uma compra é recorrer ao celular. Isso tem ocorrido pelo baixo custo da digitalização, uma vez que o smartphone permite a conexão gratuita e instantânea nas redes sociais e a realização de pagamentos de forma prática. Em outras palavras, o custo para que um consumidor se digitalize é, basicamente, a compra de um celular.  

A jornada de consumo já começa no ambiente digital. É esse tipo de transformação que estimula o relacionamento das lojas com um cliente mais conectado e exigente, que sabe aproveitar o melhor dos ambientes físico e digital na hora de comprar. Diante disso, como a loja deve se preparar? Esse é o tema de debate no mesacast Mercado & Perspectivas, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

A boa notícia é que, com baixo investimento e ações estratégicas, o pequeno empreendimento pode expandir o alcance online, ser notado por uma ampla base de consumidores e otimizar os processos do negócio. “As barreiras para a digitalização diminuíram bastante. Hoje, é muito mais fácil adotar soluções digitais graças à popularização da nuvem. As ferramentas estão mais simples e acessíveis, hospedadas em ambientes online, e muitas vezes basta acessar um endereço na internet para começar a operar de forma digitalizada. A grande questão, agora, é saber escolher e utilizar soluções que realmente sejam integradas à rotina do negócio”, afirma Elói Prado de Assis, diretor-executivo de Varejo e Distribuição da Totvs.  

Nesse contexto, é fundamental formar a equipe para ter consciência sobre o ambiente digital, entendendo que a transformação vai além da tecnologia: trata-se de estudar o comportamento do consumidor, que, atualmente, pode começar no físico e terminar no digital. Dessa forma, cabe ao gestor entender a melhor estratégia de atendimento e, então, compreender as ferramentas que faltam, enfatiza Assis. 

“O papel do empresário é saber como essas ferramentas serão capazes de solucionar os problemas de atendimento e como levam uma melhor experiência ao cliente, bem como permitem entender o comportamento desse consumidor, que é digitalizado”, complementa Charles Gularte, vice-presidente de Operações da Contabilizei. 

Operação digital  

A digitalização da burocracia do dia a dia nos pequenos negócios também tem avançado de maneira substancial. O setor contábil vem buscando oferecer soluções tecnológicas simples, acessíveis e integradas, capazes de facilitar a rotina desses empreendedores. Ferramentas como emissão de nota fiscal diretamente pelo WhatsApp, integração bancária automatizada e cobrança digital são apenas alguns exemplos de como é possível viabilizar a eficiência operacional, poupando tempo e recursos para quem não dispõe de uma estrutura administrativa sólida. 

“São soluções que vão fazer com que esse dia a dia seja mais integrado. Isso é digitalizar a rotina. Fazer com que essa integração produza, de certa forma, eficiência, no sentido de gastar menos tempo e menos dinheiro e, também, conseguir ser mais eficiente na operação. Para o pequeno empresário, é importante buscar esse tipo de ferramenta, esse tipo de solução”, conclui Gularte. 

O presidente do Conselho de Economia Digital e Inovação da FecomercioSP, Andriei Gutierrez, também participou da mediação do debate. 

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