Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Sindicatos

Convenções coletivas ganham peso em meio a juros altos e inflação

Reunião do Comitê de Relacionamento das Assessorias de Comunicação e Marketing da FecomercioSP destacou o cenário econômico desafiador e a importância da negociação coletiva para dar previsibilidade às empresas

Ajustar texto A+A-

Convenções coletivas ganham peso em meio a juros altos e inflação
A negociação coletiva é um espaço de equilíbrio entre empregados e empregadores (Crédito: FecomercioSP)

O segundo semestre de 2025 começa com grandes desafios para os empresários do comércio paulista. O ritmo do varejo desacelerou, a inflação segue pressionando os custos e os juros, mantidos em 15% ao ano, encarecendo o crédito e reduzindo o fôlego para investimentos. Nesse cenário, as convenções coletivas de trabalho (CCTs) se tornam uma ferramenta estratégica para dar previsibilidade às empresas e segurança jurídica às relações de trabalho.

Foi nesse contexto que Paula Tateishi, assessora da FecomercioSP, destacou a importância das negociações, durante a reunião do Comitê das Assessorias de Comunicação e Marketing (CRACM) da FecomercioSP, no dia 22 de agosto. “A negociação coletiva é um espaço de equilíbrio entre empregados e empregadores. Ela permite ajustes que a lei não prevê, mas que são essenciais para a realidade do comércio, como jornadas diferenciadas ou regras para trabalho em domingos e feriados”, explicou a assessora.

Inflação e emprego

Os números mais recentes reforçam o ambiente de cautela. Em junho, o IPCA registrou alta de 5,35% em 12 meses, sexto mês seguido acima do teto da meta. Já o INPC, índice que orienta as negociações salariais, ficou em 5,18% no mesmo período. Apesar disso, o mercado de trabalho mostrou reação: o comércio paulista abriu 8,7 mil vagas em maio, revertendo parte das perdas do início do ano.

Para Paula, os dados são importantes, mas não eliminam a necessidade de atenção. “Abrir vagas é positivo, mas precisamos garantir que os custos trabalhistas não inviabilizem a manutenção dos negócios. Uma convenção coletiva bem conduzida pode ser a diferença entre continuar contratando ou ter de reduzir o quadro de colaboradores”.

Segurança e flexibilidade

A FecomercioSP reforça que a convenção coletiva é uma proteção contra riscos jurídicos, já que suas cláusulas têm respaldo legal. Questões como banco de horas, pisos salariais diferenciados e benefícios customizados podem ser definidos de forma adaptada ao setor e à região, sempre respeitando os direitos constitucionais.

“É uma forma de dar flexibilidade às empresas, sem abrir mão da segurança jurídica. Negociar bem é mais do que cumprir tabela; é pensar na sobrevivência e na competitividade do negócio”, destacou a assessora.

Orientação aos empresários

Contudo, a Federação recomenta que, em tempos de incerteza, não basta apenas acompanhar os índices econômicos. É preciso participar ativamente do processo negocial para transformar a convenção coletiva em uma aliada estratégica.

“Nosso papel é mostrar para os empresários que a convenção coletiva não é um peso, mas sim uma oportunidade de adaptar regras trabalhistas à realidade do comércio. É um instrumento que pode reduzir burocracias, aumentar a previsibilidade e até ajudar a atravessar crises”, concluiu Paula.

Inscreva-se para receber a newsletter e conteúdos relacionados

* Veja como nós tratamos os seus dados pessoais em nosso Aviso Externo de Privacidade.
Fechar (X)