A conjuntura econômica atual exige atenção redobrada de quem empreende. O consumo segue aquecido no curto prazo, com medidas que liberam crédito, antecipam renda e estimulam as vendas. Mas esse fôlego tem prazo de validade — e pode custar caro nos próximos meses. É preciso cautela: os juros continuam altos, a inflação resiste e o endividamento das famílias segue em níveis preocupantes. Isso tudo impacta o caixa e as decisões das empresas.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e os sindicatos filiados estão ao lado dos empresários, oferecendo orientação, análises e apoio para atravessar esse momento com mais preparo. O que parece positivo agora pode esconder impasses importantes logo ali na frente, e os negócios precisam estar prontos para um cenário mais desafiador. Portanto, fique atento às seguintes informações.

O cenário parece positivo, mas exige atenção

• O PIB cresceu 3,4% em 2024, puxado pelo consumo das famílias, que avançou 4,8%.
• Os números foram estimulados por crédito mais acessível, liberação de precatórios e gastos públicos.
• Mas é bom lembrar: esse fôlego no consumo é momentâneo e pode não se sustentar.

Estamos vivendo um “cabo de guerra” econômico

• Enquanto o Banco Central tenta conter a inflação com juros altos, o governo continua gastando mais do que arrecada.
• No ano passado, o déficit primário foi de R$ 43 bilhões, mesmo com arrecadação recorde.
• Esse descompasso traz incertezas para quem empreende e dificulta o planejamento dos negócios.

Medidas que ajudam agora, mas preocupam depois

• Novos saques do FGTS, crédito consignado e antecipação do 13º salário dão fôlego imediato ao consumo.
• Só que essas ações mexem em reservas e antecipam renda, sem resolver o problema.
• O risco: aumentar ainda mais o endividamento das famílias nos próximos meses.

O poder de compra segue ameaçado

• Hoje, 76% das famílias brasileiras estão endividadas e quase 30% se encontram inadimplentes, segundo a CNC.
• Na capital paulista, a situação também preocupa. Conforme dados da FecomercioSP, 69,2% dos lares estão endividados e 19,3%, inadimplentes.
• Com juros altos e inflação persistente, o consumo perde força e impacta diretamente o varejo. Mesmo com datas comemorativas, as vendas podem começar a sentir o efeito da restrição de renda.

O segundo semestre pode ser mais difícil

• O cenário exige planejamento: reveja as projeções de vendas e analise bem os estoques.
• Cuidado com contratações e prazos longos com fornecedores, pois o crédito segue caro.
• O que parece um bom momento agora pode se tornar um desafio maior mais à frente.

Conte com a FecomercioSP e os sindicatos

• A Federação e os sindicatos estão atentos ao cenário e atuando em defesa do comércio paulista.
• Oferecemos análises, orientações e conteúdos práticos para ajudar você a se preparar.
• Juntos, vamos atravessar esse período com mais clareza e decisões mais seguras.