Economia
02/10/2024Reforma Administrativa é indispensável para Brasil retomar crescimento
Em live conjunta, FecomercioSP e Abes destacam os impactos negativos da desproporção entre quantidade e qualidade dos gastos públicos sobre o ambiente de negócios do País

Entre 1950 e 1980, a economia brasileira crescia a uma taxa de 7,3%, quase três pontos porcentuais acima da média mundial, que era de 4,5%. Entre a década de 1980 e o ano passado, no entanto, esse indicador caiu para 2%, enquanto o mundo se manteve muito próximo daquela taxa, com 3,6%. Se tivéssemos acompanhado a média global, o brasileiro contaria, hoje, com uma renda projetada 77% maior. Já imaginou?
Na live Reforma Administrativa: Perspectivas e Oportunidades, realizada na última terça-feira (1º), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) abordaram os principais aspectos envolvidos na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, reunindo os indicativos que embasam a adesão a uma série de medidas de ajuste em áreas estratégicas, como Segurança Pública, Educação e Saúde.
O webinário contou com as participações de Antonio Lanzana e Andriei Gutierrez, presidentes, respectivamente, dos Conselhos Superior de Economia, Sociologia e Política e de Economia Digital e Inovação da FecomercioSP, que destacaram dados reunidos pelo Fórum Empresarial de Modernização do Estado — uma iniciativa da Federação que reúne empresários, sindicatos patronais e representantes do Poder Público para mobilizar a sociedade sobre a importância de uma ampla reforma do Estado. Trata-se de uma agenda prioritária e fundamental para a Entidade a fim de promover o crescimento econômico, a abertura comercial e um País mais produtivo e eficiente.
Desafios em destaque
O Brasil não tem muitos funcionários públicos de forma proporcional, mas os que existem custam muito caro, sem que isso se reverta em um serviço de excelência: 12% do total dos empregos são estatais, contra um porcentual de 20% nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Em contrapartida, o funcionalismo custa mais de 13% do Produto Interno Bruto (PIB) aos cofres públicos, ante um total de 9% entre os membros da OCDE. “A equalização desse cenário depende, necessariamente, da reformulação de cargos, da definição de novas formas de contratação, da restrição da estabilidade a funções específicas e da elaboração de sistemas de avaliação, adotando critérios mais sólidos para a progressão de carreira”, destacou Lanzana durante a apresentação.
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